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O ano de 2020 ficará marcado na história pelos impactos do coronavírus no mercado financeiro, além de todas as implicações sobre o setor da saúde.
Causador de uma doença chamada Covid-19, ele se espalhou rapidamente nos primeiros meses do ano, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificar o cenário como uma pandemia.
E os números não deixam mentir. Em escala global, o total de óbitos passa dos 270 mil, com pelo menos 4 milhões de infectados. Além de hospitais superlotados e inúmeros desafios na assistência em saúde, o coronavírus alterou a rotina das pessoas, fez as autoridades estabelecerem o isolamento social e fechou empresas (algumas temporariamente, outras não).
Como não poderia deixar de ser, tudo isso gerou reflexos também no mercado financeiro – e é sobre eles que vamos falar ao longo deste texto.
Boa leitura!
Como o coronavírus afeta a economia mundial?
Desde o início da pandemia, que chegou ao Brasil em março, a crise do coronavírus tem tido grandes impactos na economia mundial.
De cara, a parada repentina que muitas indústrias foram obrigadas a fazer no primeiro trimestre, em virtude das orientações de isolamento social, elevou para 20% o nível de ociosidade do setor.
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com o instituto econômico suíço KOF da ETH Zurique, os efeitos do Covid-19 serão sem precedentes tanto em escala regional como também global.
O levantamento das instituições indicava para abril uma queda de 8,5 pontos no Barômetro Global Coincidente, levando o índice para 69,4 pontos – o menor nível registrado desde 2009.
Os barômetros econômicos globais compõem um sistema de indicadores criado pela FGV e o KOF com o intuito de analisar o desenvolvimento econômico mundial. No estudo, a análise das duas versões do índice – antecedente e coincidente – indicou que a pandemia de coronavírus já tem afetado economia em escala global. Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), o ano de 2020 pode esperar uma retração de 3% na economia mundial.
Isso significa que essa é a maior crise desde 1930 – e muito mais grave do que a recessão causada pelo estouro da bolha do mercado imobiliário em 2009.
Principais impactos da pandemia coronavírus no mercado financeiro mundial
Pelo mundo todo, os mercados financeiros têm sofrido os impactos da pandemia de coronavírus. Desde o começo do ano, indústrias da Ásia, Europa e Américas foram obrigadas a paralisar as atividades para restringir o contágio do vírus.
Em pleno funcionamento ficaram apenas aquelas empresas de setores considerados essenciais para o abastecimento público e o cuidado médico da população. Com todas essas mudanças na forma como o mundo trabalha e as limitações à produtividade, a economia foi bastante afetada.
A estratégia de combate à pandemia proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) defende a diminuição drástica das possibilidades de contágio como forma de diluir o número de doentes durante os próximos meses e, assim, evitar o colapso dos sistemas de saúde.
Essa abordagem já tem apresentado resultados satisfatórios em alguns países e parece ser o único caminho para minimizar os impactos até que uma vacina ou medicação sejam desenvolvidas.
Principais impactos da pandemia coronavírus no mercado financeiro brasileiro
Para o mercado financeiro brasileiro, a situação começou a se agravar em março, data em que o primeiro circuit breaker do ano foi acionado. O mecanismo da B3, bolsa de valores brasileira, suspende as negociações por 30 minutos e é ativado automaticamente sempre que uma queda maior do que 10% é registrada no pregão.
Desde o início da crise, foram seis as ocasiões em que as negociações da bolsa tiveram que ser paralisadas para frear uma desvalorização brusca das ações.
E não é só o mercado financeiro que sofre com a crise. Apesar de importante, a paralisação de atividades não essenciais recomendada pela OMS traz consequências imediatas no consumo e na geração de renda no país.
Conclusão
Vivemos um momento delicado com a crise de coronavírus afetando a vida e o funcionamento de diversos países do mundo. A pandemia, que atingiu primeiro a China, se alastrou por todo o globo em cerca de três meses e trouxe consequências devastadoras para o mercado financeiro. Em meio às turbulências e incertezas, diversos setores já sofrem com a volatilidade da economia.
Apesar de alarmante, é importante lembrar que os períodos de crise e de desenvolvimento econômico acontecem de forma cíclica. Assim, da mesma forma como começou, a recessão atual vai acabar um dia e, até lá, é preciso ter uma estratégia para passar pelo período da melhor forma possível.